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RT-PCR E TESTE SOROLÓGICO PARA COVID-19

Há dois tipos de exames para a identificação e acompanhamento da COVID-19. Abordaremos aqui alguns aspectos que envolvem aspectos que envolvem a realização desses exames que têm sido motivo de muita confusão pelo público, em especial quanto às suas limitações e significado.

  • RT-PCR (teste molecular confirmatório) :
    • é colhido por swab em nariz e garganta com cotonetes;
    • o resultado demora de 48 a 72 horas;
    • identifica o material genético do vírus;
    • deve ser feito a partir do terceiro dia de sintomas;
    • apesenta boa eficiência (especificidade e sensibilidade).

Quando positivo indica a presença o vírus já nos primeiros dias de doença e permite o diagnóstico seguro da COVID-19. A partir do décimo dia o material genético do vírus começa a rarear, entretanto o RT-PCR pode permanecer positivo por tempo ainda não determinado em razão da eliminação de células mortas e restos (partes) de vírus já inativado Nessa circunstância o paciente não é mais infectante; não há vírus ativo, embora o RT-PCR possa se mostrar positivo em alguns casos.

  • Sorologia para COVID-19 IgM/IgG (teste rápido) :
    • é realizado através de coleta de sangue venoso ou de punção capilar em dedo da mão;
    • identifica os anticorpos dos tipos IgM e IgG produzidos pelo organismo para combater o vírus;
    • esses anticorpos começam a se tornar positivos de 10 a 14 dias a partir do início dos sintomas e permanecem positivos por tempo variável;
    • anticorpos IgM podem permanecer positivos por 3 a 4 semanas;
    • os de tipo IgG permanecem positivos por meses (provavelmente anos);

Não se conhece completamente o comportamento desse vírus, portanto não se sabe se os anticorpos, apesar de presentes, garantem imunidade; acredita-se que devam fazê-lo pelo menos por alguns meses. Algumas suspeitas de reinfecção que ocorreram em especial na Coréia – e que poderiam indicar não aquisição de imunidade- parecem ser devidas a exames falsos positivos após a cura.

O critério de alta portanto é clínico, e não laboratorial, devido a essas limitações do método. O paciente que completou a quarentena e está sem sintomas não é mais transmissor. Pode inclusive restar uma tosse irritativa em razão do processo de eliminação de células mortas e secreções que pode durar semanas, às vezes mais de um mês. RX de tórax pode mostrar lesões residuais (“cicatrizes”) que levam semanas para desaparecer. Mas não há qualquer chance de transmissão da doença, já que esta não existe mais. Em todos os casos o importante é que se observe a prescrição de isolamento feita pelo médico que assiste o paciente.

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