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EXAMES PARA COVID-19 NO RETORNO DE QUARENTENA

A realização de “exames para COVID-19” por iniciativa da empresa garantiria maior segurança quando do retorno de colaboradores afastados por essa doença?

Essa tem sido uma dúvida frequente entre os gestores de recursos humanos no momento atual da pandemia. E a resposta nos parece muito clara.

Como já abordamos em outro artigo, os testes imunológicos rápidos IgM/IgG, que mostram apenas a existência de anticorpos contra o vírus, têm um grande percentual de falsos negativos para a fração IgM. Assim, para pacientes que apresentaram a doença, um teste negativo seguramente será um falso negativo. Quando positivos (IgM e IgG, ou só IgG), indicam que o trabalhador apresentou a doença, mas não garantem que esteja imunizado contra ela.

O teste molecular RT-PCR identifica material genético do vírus e é preciso mas, nesses pacientes convalescentes, a positividade apenas indica que o paciente esteve em contato recentemente com o vírus. Não é, porém, eficaz para identificar se há ainda possibilidade de transmissão ou se o paciente está curado. Pode persistir positivo em alguns casos mesmo após a cura e por tempo variado.

Os exames laboratoriais não são, portanto, recomendados para pacientes que estiveram em tratamento para COVID-19 como forma de atestar que já estejam curados ou imunes à doença. O critério adequado para o retorno de paciente que apresentou COVID-19 é que o trabalhador se sinta bem e tenha cumprido a quarentena de 14 dias contados após o início dos sintomas. E, nos casos em que houve internação, também os dias adicionais concedidos pelo médico por ocasião da alta hospitalar. É recomendada ainda a apresentação do relatório ou atestado médico do clínico ou especialista liberando-o do isolamento social.

Veja neste link artigo bastante esclarecedor sobre a realização de exames para COVID-19, escrito para a imprensa leiga pela pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP, Natália Pasternak.

(https://saude.abril.com.br/blog/cientistas-explicam/coronavirus-testes-rapidos-em-farmacias-confundem-mais-do-que-informam/)

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